Arielle Hemphill, 2º I
É essa a sensação que temos quando vamos ao pronto-socorro do Hospital Nossa Senhora da Conceição, mais conhecido, popularmente, como Hospital da
4ª Etapa, localizado no Conjunto Ceará. O hospital facilita o atendimento dos
pacientes dividindo-os em três partes/cores: vermelho, amarelo e verde; e limitando
uma hora específica para cada cor ser atendida. Assim, como não era de se esperar, os casos
menos urgentes tem que passar horas e horas na fila à espera de atendimento,
mas as longas filas na porta dos hospitais é uma realidade antiga, e muitas vezes
o paciente ainda é encaminhado para outros hospitais públicos. O outro problema
é a constante troca de horários, os médicos passam longos períodos trocando de
horário, e as pessoas doentes tem que esperar por atendimento, ficando na expectativa
de um atendimento imediato.
“Lá tudo é ruim”, no hospital faltam equipamentos, CTIs, UTIs,
médicos especializados, medicamentos, dentre outros, e nem tudo está à
disposição de todos os pacientes. Devemos cobrar não somente por causa da
necessidade, mas porque já pagamos previamente por esse serviço público. Entra
também em questão a divisão de classes sociais: porque os serviços oferecidos
em hospitais públicos não são os mesmos oferecidos em um hospital particular? É
isso que encontramos no Capitalismo, nossa rede de saúde é péssima! Mas esse
não é o principal problema, pensemos agora como as UPA’s iriam realmente melhorar
a saúde pública...
O caso ainda continua o mesmo e, sim, sabemos que muita coisa já
melhorou, mas há ainda um grande caminho pela frente. Agora, de fato, a saúde
cearense pede socorro, e sabemos que em qualquer lugar do nosso Brasil a carência
de serviços na saúde pública é perceptível.
É essa cara que enxergamos no nosso hospital? É essa saúde pública
que queremos? É nesse hospital que um trabalhador merece ser atendido? Agora,
meu caro leitor, é possível que fechem as portas por falta de recursos, mas a
indignação se intensifica, afinal, onde se viu fecharem uma unidade de saúde
enquanto deveriam é estar abrindo cada vez mais hospitais? É essa a pura
realidade do nosso Brasil, e acompanhamos notícias como essas diariamente.